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CAPÍTULO I - HISTÓRICO DO MUNICÍPIO DE VÁRZEA

l.l– Sua origem e ocupação

Em terras banhadas pelo Rio Jacu, e seus afluente o Rio Joca e o Riacho Várzea começaram a surgir, no final do século XIX, os primeiros sinais de um povoamento. Agricultores motivados pelo crescimento da atividades agrícolas e pecuárias no município sede de Goianinha, decidiram buscar novas terras para o trabalho. Essa busca por novos territórios chegou à região situada nas proximidades do Riacho Várzea no início do século XX, dando início a exploração da área com a instalação de fazendas, sítios e moradias.
Era o início da comunidade de Várzea, fundada por Ângelo Bezerra, nascendo forte, impulsionada pela prosperidade na agricultura e pelo bom desempenho na pecuária. Durante toda a metade do presente século, o povoado, pertencente ao município de Goianinha, manteve uma crescimento gradativo, baseado nas atividades do campo.
Em 1930, Várzea já possuía em sua sede mais de 200 casas e, aproximadamente 3.000 habitantes, no povoado e ao redor. Uma de suas primeiras edificações históricas da cidade foi a construção da Capela do Padroeiro da município São Pedro, a mesma foi edificada pelos próprios moradores da cidade, a qual tornou-se um marco da comunidade católica. Após alguns anos tornou-se pequena para receber seus fieis e em seu lugar foi construída a Igreja de São Pedro, onde encontra-se até hoje, a atual Igreja é considerada a imagem representativa ou o cartão postal da cidade.

Em 20 de dezembro de l959, pela Lei número 2.586, Várzea desmembrou-se de Goianinha, tornando-se município do Rio Grande do Norte.
No dia 29 de dezembro de l959, o Diário Oficial do Estado do Rio Grande do Norte trazia em sua oitava página a Lei Nº 2.586. De acordo com a Lei, defendida pelos Dep. João Aureliano de Lima e José Vasconcelos da Rocha na Assembléia Legislativa do Estado, estava criado o município de Várzea, desmembrando-se politicamente do município de Goianinha, Rio Grande do Norte.
O texto a seguir, é a integra da Ata da instalação do Município de Várzea (Transcrito do documento original arquivado na Prefeitura Municipal de Várzea-RN):
“Aos treze dias do mês de janeiro do ano de mil novecentos e sessenta, no edifício provisório da Prefeitura Municipal, foi realizada a sessão solene de instalação so Município de Várzea, criado por decreto Nº 2.586 de 20 de dezembro de 1959, a qual contou com a presença do Deputado Estadual José Rocha, do Exmº Sr. Adauto Ferreira da Rocha – Prefeito de Ares, do Pe. Armando de Paiva, Vigário da Paróquia de Goianinha e grande número de pessoas da localidade.
Às 16:30 horas, teve início a sessão, falando o Deputado José Rocha, parabenizando o povo do município recém-criado, pela grande vitória obtida. Vários oradores foram ouvidos compartilhando do (...) pelo acontecimento.
Logo após, foi empossado do cargo de Prefeito do Município de Várzea o Exmº Sr. Pasqualino Gomes Teixeira, nomeado pelo decreto do Exmº Sr. Governador do Estado, de 29/12/l2959.
E para constar, eu Pedro Marinho Bezerra, lavrei a presente ata que vai por mim, secretário, autoridades e demais pessoas presentes.
Várzea, l3 de janeiro de 1960”
As pessoas que assinaram o presente documento foram as seguintes: Pedro Marinho Bezerra, Pasqualino Gomes Teixeira, José Rocha, João Florêncio de Carvalho, José Dias de Araújo e Antonio Medeiros.
Apesar de ter passado a condição de município apenas em 1959, Várzea já existia desde o século passado na condição de vila, pertencente ao Município de Goianinha. Ângelo Bezerra, um paraibano comerciante e fazendeiro é considerado o fundador por ter sido o primeiro morador de nosso município. Aqui muitos outros foram chegando, em sua maioria paraibanos, atraído pela boa qualidade da terra, deram início as primeiras edificações do município. Seus primeiros moradores foram os Senhores Minervino Bezerra, Genésio Coelho, José Anacleto e Ângelo Bezerra.
Destacam ainda como moradores da primeiras casas e fazendas do nosso município os senhores: Antonio Rosas, José Bento, Joaquim Mulato, Zé Moreira, Brasiliano, João Salvador, Pedro Vicente, Seu Nestor, João Mau, Dona Severina torradeira de café, Dona Zina, Antonio Tubiba, Manoel da Silva, Tarquino Bento entre outros
A história desse povo deve ser estudada sem jamais esquecer os antigos moradores, tantos que com a força de trabalho e com sua dedicação foram protagonistas e responsáveis pela construção da cultura desta gente. Porém os mesmos foram pessoas relevantes que deixaram a semente plantada para o desenvolvimento nossa terra.
De acordo em depoimentos de pessoas que aqui residem a muito tempo, destacaremos alguns moradores mais recentes de nossa terra que, aqui impulsionaram o desenvolvimento histórico-social desse povo, quando a mesma ainda no início sem calçamento, as vaquejadas eram realizadas no centro da cidade, e o mercado ficava no centro bem perto da igrejinha São Pedro e a casa do vapor, onde era guarda toda a colheita de nosso algodão. Dentre os vários moradores destacam-se: As saudosas parteiras; Mãe Olímpia que juntamente com Mãe Claudina e a mais recente Madrinha Carminha trouxe grande parte da população varzeana ao mundo; osaudoso Antonio Pedro com suas risadas gostosas, Joca Chico grande fazendeiro e agricultor; Belosa; Cícero Belo pedreiro mais procurado para as construções de casas de nossa cidade; Ana Gomes do Rego proprietária da primeira pensão; Oneide Maurício primeira mulher prefeita do município; Wandick Lopes; Severino Pereira; Adauto Rocha saudosos preitos;Guilherme Rosa, Pasqualino, Otávio, Miguel Cassiano, Antonio do Rego; Antonio Belo; Luiz Lula Florêncio; Luiz Batista de Carvalho; Joaquim Florêncio; Zeca Batista; Tito Florêncio; tantos outros que vieram e ajudaram a nossa cidade a crescer.
No que se refere a história desse município, é imprescindível relembrar os nomes dos habitantes desta cidade, referindo-se pois as pessoas que foram capazes de construir sua história individual e socialmente, transportando seus hábitos culturais , econômicos e sociais para os povos atuais dessa terra.
Destaca-se como um dos marcos históricos natural desta comunidade, é o velho pé de algaroba. Mediante as afirmações de pessoas entrevistadas, foram plantadas vários pés de algarobas num espaço dentro da escola estadual desta cidade, aproximadamente em 1955, pela a então diretora Dona Zilda. No entanto só restou uma árvore, que hoje encontra-se como destaque na praça Kleberval Florêncio.
A espécie produz madeira de qualidade para estacas, carvão e uso em fornos industriais, bem como vagens para a produção de forragem, e farinha para alimentação humana. A espécie também possui uma estrutura biológica que ajuda na fixação do nitrogênio ao solo e na recuperação de áreas degradadas. Por outro lado, se mal manejada, a algaroba, por ser "extremamente agressiva", é capaz de "invadir" habitats naturais e inibir a regeneração das espécies de caatinga, reduzindo a biodiversidade vegetal do bioma. Para o pesquisador Paulo César Fernandes Lima, da Embrapa Semi-Árido, a algaroba merece uma abordagem mais ampla da sua presença no ambiente da caatinga. É difícil estabelecer uma regra que a caracterize estritamente como benéfica ou vilã. Na sua opinião há várias questões de ordens econômica e ecológica que precisam ser observadas para se poder estabelecer um valor para a planta. Uma coisa, porém, é certa: se mal manejada, a espécie é capaz de causar grandes malefícios, principalmente os de ordem ambiental. No Nordeste, a algaroba foi introduzida na década de 40. No início, foram cultivadas apenas quatro plantas. Hoje, sessenta anos depois, são milhares espalhadas por todas as zonas agro-ecológicas da região. Essa expansão se deu de forma desordenada, sobre extensas áreas com maior umidade do solo, recomendadas para produção agrícola.

l.2 – Emancipação, política e políticos


Em 1959, Várzea conquistou sua emancipação política, mais precisamente no dia 20 de dezembro. Desmenbrande-se do município de Goianinha Rio Grande do Norte.
Outros municípios como Espírito Santo e Jundiá, que pertenciam ao território varzeano conquistaram sua emancipação:
Em l963 desmenbrouse de Várzea o município de Espírito Santo, através da Lei Nº 2.726 de 04 de janeiro de l962, assinada pelo então Governador do Estado Dr. Aluízio Alves.
Em 1997, através da Lei Nº 6.985 de 09/01/1997 e assinada pelo Governador Garibalde Alves, desmenbrou-se mais um município de território de Várzea. Desta vez foi o município de Jundiá. Em 2000, foi realizada a primeira eleição no novo município e em 200l foi, de fato, politicamente separado do município de Várzea.
A política varzeana, assim como a norte-rio-grandense, tem uma história de profundo envolvimento popular, de ardor passional e alegorias que lembram manifestações folclóricas, como os embates de um pastoril. No século de ouro da política, o XX, tivemos o advento de figuras populistas arrastando multidões; durante esse período bichos, musicas, cores e apelidos nas ações dos mestres da política em busca do triunfo. A narrativa oficial das lutas eleitorais, nem sempre combinam com os sussurros e versões dos chamados bastidores. Contudo, um ponto em comum na política , do solo varzeano é a paixão do povo por essa atmosfera de disputa. E em muitos momentos, sob um clima de tensão e radicalismo, que até hoje ocorre nas disputas eleitorais, com fissuras nos relacionamentos humanos. Bacurau versos Bicudo ou Corujão; Arara, verde contra encarnada; Maia versus Alves – quando a disputa era estadual, e muitos outros entrechoques pontuam décadas de campanhas, eleições e duelos políticos. Porém, o tempo e a maturidade vêm ajudando a drenar as impurezas dessas relações conflituosas, banindo o anti-jogo, reconciliando vencidos e vencedores e escrevendo novos hábitos à política.
O próprio povo, essa “massa gente”, como afirmava o antropólogo e senador Darcy Ribeiro, tem sabido contornar os excessos, encontrando seu próprio caminho no novo milênio.
Em meio a esse cenário da história política de nosso município iremos destacar alguns políticos que foram vitoriosos em suas trajetória.
Logo após a solene reunião de instalação do município de Várzea, foi empossado do cargo de primeiro prefeito deste município o Exmº. Pasqualino Gomes Teixeira, nomeado pelo decreto de Emº. Sr. Dinarte de Medeiros Mariz, o então Governador do Estado do Rio Grande do Norte, em 29 de dezembro de 1959.
Após empossado, o Prefeito Pasqualino Gomes Teixeira, segundo os registros documentados na Prefeitura, começou a montar a equipe administrativa que compôs de apenas cinco. Na época os funcionários eram nomeados através de decretos, foram os seguintes funcionários: Pedro Marinho Bezerra (primeiro funcionário público deste município) – Secretário Tesoureiro; Decreto de nº 1/60, em 15 de janeiro de 1960; Otacília Marreiros da Silva – Porteira-Arquivista; Antonio Cândido de Medeiros – Arrecadador de Impostos; Manoel Idalino Anacleto – Encarregador de Limpeza Pública e João Batista Valentim – Eletricista.

A primeira Prefeitura do município funcionou provisoriamente em uma casa alugada, localizada na rua Deputado José Lúcio Ribeiro no centro da cidade. Logo depois foi construída o prédio permanente da Prefeitura Municipal.
O primeiro prédio público construído na cidade, foi edificado na administração do Prefeito Adalto Rocha para abrigar o motor gerador de energia da cidade (Casa do Motor), o motor foi instalado pelo senhor Raimundo Galvão, os encarregados eram os senhores Antonio Belo e Seu Batista, a luz da cidade era apagada todos os dias às dez horas da noite. Antes da chegada dessa luz a motor, só existia luz na antiga Capela de São Pedro, esse motor foi trazido pelo senhor João Aureliano, que servia para iluminar as missas e festa de frente a Capela.
Segue a listagem dos prefeitos que passaram a administrar o município de Várzea na ordem de gestão os senhores: (13/01/1960 à 31/12/1960) Pasqualino Gomes Terixeira; (01/01/1961 à 31/01/1965) Wandick Teixeira Lopes; (31/01/1965 à 31/01/1970) Adauto Ferreira Rocha; (31/01/1970 à 31/01/1972) Severino Florêncio Sobrinho; (31/01/1972 à 31/01/1977) Severino Pereira Campos; (31/01/1977 à 31/01/1982) Severino Florêncio Sobrinho; (31/01/1982 à 31/01/1989) Oneide Maurício de Queiroz; (31/011989 à 31/01/19992) Antonio Genival de Carvalho; (01/01/1993 à 31/12/1996) Severino Florêncio Sobrinho; (01/01/1997 à 31/12/200) Manoel Luiz do Nascimento; (01/01/2001 à 31/12/2004)Antonio Genival de Carvalho; (01/01/2005 à 31/12/2008)Antonio Genival de Carvalho.

A Câmara dos Vereadores antes funcionava dentro do prédio da Prefeitura Municipal, atualmente encontra-se em prédio independente (Palácio Prefeito Severino Florêncio Sobrinho), a mesma foi construída no ano de 2004.
Destacaremos agora nomes que participaram do poder legislativo do município, elaborando leis e projetos para o benefício do mesmo; são os seguintes vereadores e vereadoras: Antonio Abel da Silva; Antonio Emídio Cordeiro; Agenor Florêncio de Carvalho; Adelmo Paulino de Souza; Antonia Pereira Peixoto; Antonio Alves da Silva; Carlito Rodrigues de Souza; Cenira Paulino de Souza; Celso Meireles Neto; Edionaldo de Paiva Marinho; Evalastro de Castro; Virgilio Pedro da Silva; João Nivaldo da Silva; João Antonio de Sena; João Guimarães de Oliveira; Joaquim Ferreira da Silva; Josafá de Freitas; Luiz Cosme das Chagas; Luis Reis de Araújo; Luís Torquato Cordeiro; Luiz Vicente dfo Nascimento; Manoel Alves do Nascimento; Francisco Pereira do Nascimento; Geraldo Tavares Braga; Guilherme Rosa; Ivan Gomes de Moura; Ivan Braz de Oliveira; Ivonete Araújo de Oliveira; Eliete Elza de Freitas; Elineide Belo da Silva; Jacó Umbelçino de Souza; José Florêncio de Cavalho; José Tomaz de Lima; José Freire Neto; Manoel Benício da Silva; Nicolau José da Silva; Oliveiro Jorge de Alexandria; Oneide Maurício de Queiroz; Orlando Cunha Luiz; Paulo Freire de Lima; Pedro Ferreira Sobrinho; Paulo Antonio Meireles; Pedro Sales Belo da Silva; Rosalvo Ferreira de Queiroz; Rubens Idelfonso de Alexandria;Romildo Gurgel; José Arimatéia de Alexandria; José Antonio da Silva Xavier; José Avelino; José Edson Alves da Silva; José Nazareno da Silva; João Tomaz de Lima; Severino Florêncio da Silva; Severino Florêncio Sobrinho; Severino Cruz de Andrade; Tiago Saturnino de Freitas; Walter Pedro da Silva;Terezinha Tomaz de Lima Anacleto; Sebastião Belo da Silva Irmão; Valério Rodrigues de Lima.

Atualmente as grandes concentrações populares do município de Várzea, como: comícios políticos, festa de emancipação política, e a festa do Padroeiro do município, acontecem na praça da Matriz localizada em frente a Igreja São Pedro.

l.3 – Símbolos Varzeano

A Bandeira do município de Várzea, foi criada no mesmo ano que foi criado o Hino do município, através de Lei aprovada na Câmara Municipal de Várzea, na gestão do Ex-Prefeito Severino Florêncio Sobrinho.
Figura 05 - Bandeira do Município de Várzea-RN
O retângulo está dividido por faixas: branco na parte superior, e azul na base inferior, ambas com (09) módulos de altura cortadas por uma faixa amarelo-claro de (04) módulos de altura.
O Brasão de Armas de tradição portuguesa está centralizado sobre as faixas e traz o simbolismo caracterizador do município: “uma paisagem” destacando coqueirais, por ser a região dotada dessas belezas naturais e do Rio Joca que atravessa o Município fertilizando. As palmeiras imperiais, ladeando o escudo, simbolizam a perenidade da espécie existente na cidade. Estão plantadas em frente a Igreja Matriz de São Pedro como sentinelas à serviço de Deus. Dois galhos de algodão sob o Brasão referem-se ao produto agrícola que se destacou na região. Logo abaixo, descreve-se em letras brancas o nome do Município.
As cores da composição da Bandeira sintetizam as cores nacionais: verde, amarelo azul, e branco. Falam de paz, amizade, tranqüilidade, bonança e esperança no povir.
Todos os dias, nas tradicionais festas, é entoado em praça pública o Hino do Município de Várzea (em anexo). Mas o que poucos sabem é a história deste Hino, sua importância para município e principalmente a letra.
Muitos são os ilustres varzeanos que contribuíram para a história do nosso Hino, mas um em especial foi o autor do Hino Municipal, o nosso saudoso Cap. Gonçalo Ferreira Lopes , cuja letra foi aprovada pela Câmara Municipal de Várzea durante a segunda administração do Sr. Severino Florêncio Sobrinho.
A letra e do Cap. Gonsalo Ferreira Lopes, a música é do Tem. Cel. Ambrósio Agrícola Nunes e o arranjo ´d do Cap. José de Souza Neves.Todos da banda de música da Polícia Militar da Paraíba.
Assim como o Hino Nacional está para o Brasil, o Hino Municipal está para o Município de Várzea. Seria célebre que todos os varzeanos tivessem na ponta da língua estes versos tão bonitos e que retratam a nossa existência.
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Beto Bello

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